Dentro do (in)visível: Daniel Mullen

12 Novembro 2022 - 14 Janeiro 2023

A Zipper tem o prazer de anunciar a primeira exposição individual de Daniel Mullen como artista representado pela galeria. “Dentro do (in) visível” inaugura no dia 12 de novembro, às 11h, e reúne um conjunto de pinturas recentes, em formatos diversos, em que os planos pictóricos criados pelo artista não mais residem sozinhos no suporte. Eles, agora, interagem entre si, gerando transformações cromáticas e ilusões de ótica próprias da interação. A curadoria é de Ana Carolina Ralston.

O artista escocês cria obras opticamente deslumbrantes utilizando um processo que inclui a aplicação de camadas finas e translúcidas de tinta sobre linho exposto. Para Mullen, a técnica é central para o seu conceito. Precisas e angulosas, estas obras geométricas de difícil execução são obtidas através de um processo exigente e minucioso de medir e gravar as suas telas. Os trabalhos são nutridos pelos gestos e técnicas pelos quais o artista é reconhecido, como os jogos geométricos que causam ilusão de ótica, a presença de luz e a utilização de uma perspectiva espacial.

 

Se, em séries anteriores, Mullen enfatizou o seu interesse no método fenomenológico, ou seja, em criar espaços fora de alcance ou para além de nossa percepção, em “Interações” o artista busca as interferências espaço-temporais ocasionadas pelo contato de sequências de planos cromáticos distintos. Mais do que a interação e a alteração de frequências de luz, o artista proporciona uma verdadeira reflexão o diálogo e o relacionamento no campo pictórico.

 

A mostra “Dentro do (in) visível” fica em cartaz até o dia 14 de janeiro de 2023.

 

Sobre o artista 

 

Daniel Mullen nasceu em 1985, em Glasgow, na Escócia, e vive e trabalha em Rotterdam. O pintor abstrato formou-se em 2011 na Gerrit Rietveld Academy, na Holanda. Entre as exposições nacionais e internacionais das quais participou estão as individuais "Ephemeral Fields”, na Galeria Kogan Amaro (Zurich, 2021); “In a Realm of Luminescence”, na Elan Fine Art (Vancouver, 2019) e “Shifting Perceptions” no Marian Cramer Projects (Amsterdam, 2019); e as coletivas "The Royal Prize for Painting", no Palais Amsterdam (Amsterdam, 2014) e "Ostrale Bienniale 019" (Desdren, Alemanha, 2019). O artista foi recipiente do prêmio Summer show Nieuw Dakota and Francis Boeske Projects, em 2017, e seu trabalho integra importantes coleções como FAMA Museu, em Itu, São Paulo, Akzo Noble, na Holanda, Hughes Hubbard And Reed Llp, em Miami e Edison Investment Research, em Londres.

 

Sobre a curadora 

 

Ana Carolina Ralston é curadora de arte e jornalista cultural. Organiza e realiza textos e projetos para galerias e instituições, entre elas a Biblioteca Mário de Andrade, o Centro Cultural Correios e a Praça das Artes. Este ano curou, entre outras exposições, a coletiva Arte e Natureza: ressignificar para viver, em cartaz no Pavilhão da Bienal durante a SP-Arte. Foi curadora adjunta do museu FAMA, em Itu/SP, entre 2018 e 2020, onde assinou exposições de Louise Bourgeois, Arthur Bispo do Rosário entre outras. Também foi diretora artística da Galeria Kogan Amaro, com unidades em São Paulo e Zurique, onde apresentou dezenas de exposições, além de criar o núcleo de jovens artistas. Como jornalista, assina hoje como redatora-chefe da revista mensal do jornal O Estado de S. Paulo, sobre moda e cultura. Já foi editora sênior de cultura e lifestyle da Vogue Brasil, entre 2013 e 2018, e diretora da Harper’s Bazaar Art, em 2019.É mestra em jornalismo cultural pela Columbia New York University na Espanha e pós-graduada em arte, crítica e curadoria na PUC-SP. Atualmente, dedica-se a pesquisa sobre arte natureza e o universo ambiental.