Autenticação de arte via Blockchain

Mais simples e ainda mais seguro
Agosto 3, 2021
Autenticação de arte via Blockchain

Comprovar a autenticidade de uma obra pode ser um trabalho árduo, principalmente se ela for uma obra digital. Hoje a tecnologia do blockchain cumpre um papel importante nesse processo. Neste artigo, você vai ver um pouco mais sobre essa inovação no mundo da arte.

 

O que você vai ver neste conteúdo:

  • Como surgiu a necessidade de autenticar uma obra?
  • Como funciona a autenticação de arte convencional?
  • O que é e como funciona a blockchain
  • A importância da blockchain na autenticação de artes
  • Alguns casos históricos que poderiam ser evitados com essa tecnologia
    • John Myatt
    • Han Van Meegeren

 


 

 

Como surgiu a necessidade de autenticar uma obra?

A figura do artista como autor é algo relativamente recente dentro da História da Arte. Foi somente a partir do século XVI, com o Renascimento, que a assinatura do artista tornou-se parte valiosa da obra. Juntamente com a noção de autor, surgem os estilos, traços característicos, assinatura ou a figura do "gênio". Foi nesse período, pela primeira vez, que a humanidade viu surgir grandes autores que até hoje conhecemos como "Grandes Mestres da Renascença": Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael.

 

Até então, a Arte ocupava outro lugar na sociedade: criação de símbolos religiosos (espontâneos ou encomendados), registro ou artesanato. Nessa produção, mais importante do que a pessoa que executou a obra era o resultado final e sua aplicação dentro do contexto.

 

A produção de arte passou de sistemas cooperativos para uma celebração da criatividade individual. Uma assinatura era a maneira perfeita de diferenciar seu talento de outros artistas. A partir disso, surgiu também a necessidade de autenticação. Como saber que uma obra é, realmente, original e feita por aquele artista específico?

 

Como funciona a autenticação de arte convencional?

A autenticação de uma obra se dá, primordialmente, através de um Certificado de Autenticidade. É assim que trabalhamos na Zipper, por exemplo. Ao comprar um trabalho de um artista, você recebe uma confirmação e uma garantia, através desse certificado, de que sua obra é original.

 

Caso haja dúvida sobre a autenticidade, os especialistas em arte realizam quatro testes: (i) verificação da assinatura do artista na obra; (ii) uma revisão da documentação histórica que atesta a história; (iii) evidências científicas (radiografias da tela, espectroscopia infravermelha da tinta); e (iv) a opinião especializada de um conhecedor com um olho treinado.

 

Essas são as maneiras tradicionais e analógicas de garantir a autenticidade de uma obra. Agora você vai conhecer uma maneira digital de fazer isso.

 

O que é e como funciona a blockchain

Antes de falar de autenticação de arte através deste mecanismo, é importante entender o que é e como funciona a blockchain.

 

Dispensando termos técnicos, a blockchain é uma espécie de rede pública de registro que funciona em um sistema de blocos interligados e encadeados. Com mais detalhes, suponha que cada bloco carrega os dados de diversas transações realizadas na rede junto de uma impressão digital única. O grande diferencial da tecnologia é que o bloco posterior vai conter além da impressão digital única do anterior, dados de novas transações realizadas e, com essas duas informações, gerar outra impressão digital única e assim sucessivamente, anulando totalmente a possibilidade de fraude.

 

A importância da blockchain na autenticação de artes

Entendendo como funciona a blockchain e os métodos convencionais de autenticação de arte, conseguimos mensurar o quão importante a tecnologia é para autenticar uma obra, pois ela carrega o registro definitivo e imutável de suas transações, mostrando toda a movimentação da obra no mercado e comprovando que determinada peça, sendo ela física ou digital, está diretamente ligada ao seu criador.

 

Alguns casos históricos que poderiam ser evitados com essa tecnologia

John Myatt

John Myatt é um artista britânico que foi contratado pelo comerciante John Drewe para pintar réplicas de quadros de artistas como: Matisse, Giacometti, Braque, Picasso, Le Corbusier, Monet e Renoir. Durante as décadas de 80 e 90, os dois faturaram milhares de dólares comercializando suas artes em tradicionais casas de leilão. Ironia ou não, após ser preso em 1995 e cumprir sua pena, Myatt virou apresentador de um programa de TV chamado “Mastering the Art”, onde ensinava como copiar o trabalho de outros artistas.

 

Han Van Meegeren

O Holandês Van Meegeren não encontrou espaço com suas obras originais. Então começou a replicar o estilo de outro holandês, Johannes Vermeer. Por serem obras de extrema semelhança, Meegeren viu alguns de seus trabalhos serem vendidos por milhões como se fossem um “Vermeer” legítimo, mas não se manifestou, uma vez que estava se beneficiando com essas vendas. O desfecho da história veio quando um de seus quadros chegou na coleção particular de um oficial de alto escalão nazista, Hermann Göring. Meegeren acabou sendo preso, mas seu trabalho era tão bom que ele teve que provar a própria autoria das réplicas falsificando um outro trabalho na cadeia enquanto era observado por policiais.

 

Agora que você sabe que a blockchain torna possível a autenticação de uma arte, bem como facilita sua negociação, poderá adquirir suas obras originais com mais facilidade e tranquilidade.

 

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