Tudo que é uno se divide: Rizza

19 Junho - 24 Julho 2021

A partir deste sábado, dia 19, a Zipper Galeria apresenta a exposição “Tudo que é uno se divide”, individual da artista Rizza no programa Zip’Up. Concebida como uma instalação imersiva, a mostra convida o expectador a transitar por um labi-rinto hexagonal de espelhos e a se ver envolto pelo espectro de cores registrado pela artista em seu ateliê, a partir da refração da luz.

 

Geometria sagrada, relações energéticas, cosmologia, frequências e sistemas de formação da natureza são os principais objetos das investigações da artista. Com o foco no desenvolvimento de trabalhos que propõem a experiência dos sentidos, as instalações da artista criam simbiose entre o ambiente e o espectador, rea-gindo às mudanças do entorno, sejam elas do próprio público ou do ambiente em que está inserida. Entre ciência, arte e espiritualidade, Rizza cria zonas sensoriais que cruzam as fronteiras da própria experiência.

 

“O andar por entre as esculturas revela a experiência de olhar para si em multi-plicidade, ao mesmo tempo que também é observar os arredores e entrar em contato com a luz em suas diferentes formas de existir. Tudo que se vê dentro do espelho também está fora, e vice-versa. A exposição, então, torna-se uma constante de transformação, a obra é simultaneamente o fragmento e o todo que nos circunda. A manipulação das camadas que permitem que a essência exista é o exercício de criação praticado pela artista, sendo a vivência de transitar no ambiente uma sucessiva lembrança de que tudo que é uno se divide.”, escreve Thais Teotonio, que assina o texto crítico da mostra.

 

Com curadoria e acompanhamento artístico da KURA, a exposição “Tudo que é uno se divide” fica em cartaz até o dia 24 de julho de 2021.

 

Idealizado em 2011, um ano após a criação da Zipper Galeria, o programa Zip’Up é um projeto experimental voltado para receber novos artistas, nomes emergen-tes não representados por galerias paulistanas. O objetivo é manter a abertura a variadas investigações e abordagens, além de possibilitar a troca de experiência entre artistas, curadores independentes e o público, dando visibilidade a talentos em iminência ou amadurecimento. Em um processo permanente, a Zipper recebe, seleciona, orienta e sedia projetos expositivos, que, ao longo dos últimos anos, somam mais de cinquenta exposições e cerca de 70 artistas e 30 curadores que ocuparam a sala superior da galeria.