Zip'Up: Caraíva: Luisa Brandelli

15 Janeiro - 23 Fevereiro 2019

Imagens e objetos que figuram como reminiscências desgastadas de um universo pop consumido até seu quase esfacelamento. Esta é a tônica da individual Caraíva, da artista Luisa Brandelli, a primeira abrigada pelo programa Zip’Up em 2019. Com texto crítico de Paulo Miyada, a mostra abre no dia 15 de janeiro, às 19h, e fica em cartaz até 23 de fevereiro.

 

A exposição é composta por trabalhos em suportes diversos, como fotografias em pôster (de imagens apropriadas, detalhes de fotos de divas pop), pinturas, roupas, estampas e objetos. As obras se equiparam no aspecto da qualidade baixa, com pouca resolução técnica, presença de sujeiras e arranhados, além de possuírem elementos visuais que se repetem, tanto nos materiais, quanto nas imagens e símbolos.

 

Idealizado em 2011, um ano após a criação da Zipper Galeria, o programa Zip’Up é um projeto experimental voltado para receber novos artistas, nomes emergentes ainda não representados por galerias paulistanas. O objetivo é manter a abertura a variadas investigações e abordagens, além de possibilitar a troca de experiência entre artistas, curadores independentes e o público, dando visibilidade a talentos em iminência ou amadurecimento. Em um processo permanente, a Zipper recebe, seleciona, orienta e sedia projetos expositivos, que, ao longo dos últimos seis anos, somam mais de quarenta exposições e cerca de 60 artistas e 20 curadores que ocuparam a sala superior da galeria.

 

Sobre a artista 

Luisa Brandelli (Porto Alegre, 1990) vive e trabalha em São Paulo. Artistas visual, é mestranda em práticas artísticas na Universidade Paulista Estadual (Unesp). Sua obra faz parte do acervo do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC-RS). Exposições individuais: Cruise Collection 2016, na Fundação Ecarta, Porto Alegre (2016). Principais exposições coletivas: Abre Alas 12, A Gentil Carioca, Rio de Janeiro (2016); Primeira de Muitas, Espaço Saracura, Rio de Janeiro (2016); Às vezes é melhor fazer uma sopa, Espaço Saracura, Rio de Janeiro (2016); Foreign Affairs, KM 0.2, San Juan, Porto Rico (2017); Agora Que São Elas, Unibes Cultural, São Paulo (2018).

 

Texto crítico: Paulo Miyada

Paulo Miyada é curador e pesquisador de arte contemporânea. Possui mestrado em História da Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (FAU-USP), SP, pela qual também é graduado. É curador do Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP, onde coordena o Núcleo de Pesquisa e Curadoria. Também no Instituto, co-coordena o programa de cursos da Escola Entrópica, em que é professor. Foi assistente de curadoria da 29ª Bienal de São Paulo (2010) e integrou a equipe curatorial do “Rumos Artes Visuais” do Itaú Cultural (2011-2013) e da edição retrospectiva desse programa realizada em 2014. Foi curador das mostras coletivas A parte que não te pertence, Wiesbaden, Alemanha (Kunsthaus Wiesbaden, 2014), A parte que não te pertence, Madri, Espanha (Galeira Maisterravalbuena, 2014), Boletim, São Paulo, SP (Galeria Millan, 2013), É preciso confrontar as imagens vagas com os gestos claros e Em direto (Oficina Cultural Oswald de Andrade, 2011 e 2012), entre outras.