5 razões para enxergar a arte como investimento

Um bom investidor deve sempre diversificar seus investimentos, e no mercado da arte, isso significa comprar de diferentes artistas e diferentes períodos.
Outubro 1, 2021
Zipper Galeria - 5 razões para enxergar a arte como investimento

Lembra quando um quadro do expressionista abstrato de Kooning vendeu por mais de 300 milhões de dólares? Ou quando a pintura do Banksy se autodestruiu depois de ser leiloada? Essas são histórias famosas do mercado de arte, que tanto aguçam nosso interesse quanto nos afastam das nuances. Nem toda obra vende por milhões, e não são só os artistas mais famosos que vêm seu valor apreciar; investir em arte, às vezes, é muito mais acessível do que parece. 

 

O que você vai ver neste artigo:

  1. Aflorando a cultura
  2. Pensando no artista
  3. Vínculos com museus
  4. Retorno financeiro
  5. NFTs e o futuro do mercado

 

1. Aflorando a cultura

Certamente você já deve ter ouvido falar no JP Morgan. Ele, que foi um dos grandes magnatas americanos, basicamente controlava a economia do século XIX, tinha como uma de suas grandes paixões a arte. Hoje em dia, em Nova Iorque, você pode visitar a biblioteca dele, que se tornou um importante museu na cidade, abrigando, principalmente, a coleção de arte que Morgan acumulou em vida. Para ele, arte sempre foi um grande investimento, que garantiu, não só retorno financeiro, mas que também ajudou a aflorar a cultura da época. Afinal, comprar arte é, também, uma atitude nobre. Nem todos precisamos investir como JP Morgan, mas o pouco que investimos já ajuda, e muito, artistas e a cultura—mantém a arte em movimento.

 

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2. Pensando no artista

Um bom investidor deve sempre diversificar seus investimentos, e no mercado da arte, isso significa comprar de diferentes artistas e diferentes períodos. Artistas contemporâneos são os que mais movimentam o mercado, talvez não em valores totais—as peças mais clássicas ainda clamam os valores mais exorbitantes—mas certamente em quantidade de obras movidas, e o mais legal é que, investir em um artista contemporâneo pode significar a direta continuidade de sua arte. Ninguém espera que você seja um Robin Hood moderno, mas comprar de artistas jovens e atuais é uma maneira poderosa de fomentar tanto a cultura quanto seu portfólio.

 

3. Vínculos com museus

Agora, não é só o artista que se beneficia com a compra e venda de arte, não só o investidor. No artigo que escrevemos sobre colecionismo, mencionamos a importância de patronos de arte para os museus também; pois bem, a ideia aqui é a mesma, conforme sua coleção for crescendo, mais e mais se torna interessante uma associação, uma parceria com um museu ou uma galeria, onde sua arte pode ser exposta e apreciar. Você cria vínculos com instituições, fomenta a cultura, e aumenta seu portfólio. É uma das características especiais dentro do mercado da arte: parcerias são encorajadas e beneficiam muitos atores na corrente. 

 

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4. Retorno financeiro 

Mas e aí? A pergunta que não quer calar: dá grana? O retorno pode ser exponencial. A arte, vista como commodity, é uma das grandes fontes de renda para o investidor inteligente. Embora aparente ser um mercado mais fechado e misterioso, é bem mais lucrativo e intuitivo de desbravar do que parece. 

 

Segundo o Índice Mei Moses, usado pela Sotheby’s, uma das grandes casas de leilão americanas, há muito espaço no mercado, principalmente hoje em dia, para se enriquecer investindo em arte. Criado por dois professores da New York University, o índice compara a força do mercado da arte com o de outros ativos, e conclui que, historicamente, investir em arte tem se mostrado mais lucrativo (proporcionalmente) do que investir em títulos de renda fixa, por exemplo, ou mesmo em ações. 

Agora, claro que há riscos também. José Olympio Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, diz que é importante ter prazer na compra, não investir simplesmente pelo retorno, que às vezes é incerto, mas principalmente pela paixão. E acima de tudo, é preciso pesquisar e estudar uma obra antes de comprá-la. 

Se precisar de ajuda nesse quesito, uma profissão que vem crescendo bastante no Brasil é a de consultor de arte: profissionais que procuram peças de arte, se inteiram nas nuances do mercado, e aconselham investidores onde colocar seu dinheiro. Afinal, é um mercado como qualquer outro, talvez só com um requinte mais especial, mas as bases são as mesmas.

 

5. NFTs e o futuro do mercado

Você já deve ter ouvido isso antes, mas NFTs são a nova fronteira do mercado da arte, talvez a nova corrida do ouro. Graças às NFTs, qualquer artista em qualquer parte do mundo, pode vender sua arte para qualquer pessoa a qualquer momento. É uma especie de democratização do mercado, e para um investidor sagaz, uma grande oportunidade. Ainda não se sabe completamente como NFTs vão apreciar valor em alguns anos, se as regras para o mercado digital vão seguir as do físico, mas uma coisa é certa, é incrivelmente benéfico, tanto para o artista quanto para o investidor, o uso dessa nova linha de fluxo rápida e direta entre consumidor e produtor.  

 

A subjetividade da arte pode ser algo que afaste alguns do mercado, mas no fim do dia, a peça de arte que chama sua atenção, geralmente é uma boa peça para se investir, seja por paixão ou retorno financeiro. É mais intuitivo do que parece. 

 

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